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Cicatrização – Cicatriz


Toda incisão resulta em uma cicatriz. Não existe em nenhum centro de cirurgia plástica do mundo, um procedimento cirúrgico que não determine uma cicatriz.
O cirurgião plástico escolhe as regiões mais adequadas para camuflá-las, levando em consideração as linhas de tensões da pele, sulcos ou pregas naturais do corpo,  mesmo assim não tem meios de evitá-las.
Existem regiões em que as cicatrizes não ficam aparentes, como na cirurgia do nariz (na parte interna), orelha em abano (na parte de trás) e nas plásticas de rejuvenescimento facial, fica escondida entre os fios de cabelo no couro cabeludo. As cicatrizes após o 30º dia de pós-operatório tendem a ser mais visíveis, mais avermelhadas e altos, especialmente em jovens, mas depois de 6 meses vão se afinando, podendo  ficar imperceptível em alguns pacientes. Aceite as cicatrizes como conseqüência da cirurgia e pondere bastante quanto a conveniência de conviver com elas após à cirurgia principalmente, nas cirurgias de mamas e abdômen. Elas nada mais são do que pequenos indícios deixadas no lugar de um defeito maior. Se houver uma evolução desfavorável da cicatriz, após uma operação realizada sob os mais rigorosos padrões técnicos, não culpe o cirurgião como o responsável pelo insucesso. Quase sempre foi o próprio organismo que não reagiu como se esperava. Colabore com o seu médico para que possam ser feitas as correções, os retoques necessários. Hoje existem várias táticas que possam atenuar ou minimizar as cicatrizes. Portanto o cirurgião plástico conscencioso, que discute previamente com os pacientes as vantagens e desvantagens da cirurgia e a realiza com a técnica adequada para o caso, não pode ser responsabilizado por ocorrências naturais fora do seu controle, como as cicatrizes de péssima qualidade. Portanto, não existe procedimento cirúrgico sem cicatriz. O cirurgião escolhe as regiões mais adequadas para camuflá-las, mas não tem como evitá-las
01) P: O CIRURGIÃO PODE GARANTIR UMA BOA CICATRIZ?
R:
 Não. As influências hereditárias e hormonais, além de outros fatores, influenciam o resultado final de uma cicatrização. Por exemplo, dependendo do tipo de pele do paciente (textura, espessura) a cicatriz final resultante do procedimento cirúrgico variará de acordo com o fenômeno cicatricial de cada paciente em termos de qualidade da cicatriz.
02) P: EXISTE ALGUM MEIO PARA AVALIAR SE A CICATRIZ SERÁ DE BOA QUALIDADE?
R:
 Não. Não existe meios para detectar previamente se o paciente cicatrizará adequadamente. Durante a relação médico-paciente  o paciente deve conversar com o cirurgião sobre o seu tipo de cicatrização, comunicando-lhe a existência ou não de cicatrizes de cirurgias antigas, marcas de vacina e arranhões. Assim, o médico poderá indicar um tratamento mais adequado no pós operatório imediato, tais como betaterapia ou método de compressão.
03) P: QUAL A DIFERENÇA ENTRE CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELOIDEANA?
R:
 A cicatriz queloideana é mais volumosa, grossa, apresenta sintomas irritantes dor, e coceira no local. Os sintomas irritantes das cicatrizes hipertróficas são mais suaves e o volume é menor, com tendência a desaparecer após 6 meses ou 1 ano período ideal de maturação da cicatriz . A cicatriz hipertrófica responde melhor ao tratamento cirúrgico (ressecção da cicatriz) com betaterapia prévia e imediata após a cirurgia e como complementação após 30 dias o método de compressão com fita adesiva de silicone por 30 a 90 dias de uso diário durante à noite.
A cicatriz queloideana nestes procedimentos poderão não surtir o efeito desejado, mas na maioria dos casos consegue-se minimizar o volume  das cicatrizes queloideanas. Nova ressecção e sem a tensão necessária durante a plástica de mama e abdome. Após esta simples ressecção da cicatriz, faz-se suturas duplas (da parte profunda – derme – e da superfície – epiderme) e pontos intradérmicos ou em chuleio garantem uma cicatriz de melhor qualidade.
Como complementação poderemos utilizar no pós-operatório imediato as aplicações de betaterapia ou o método da pressão com os adesivos de silicone.
04) P: O PACIENTE PORTADOR DE CICATRIZ HIPERTRÓFICA PODERÁ SE BENEFICIAR COM ALGUM TRATAMENTO ?
R:
 Existem alguns tratamentos não cirúrgicos e cirúrgicos. Somos contrários às infiltrações com corticóides. Damos opção à Betaterapia ou método da pressão.
O tratamento da Betaterapia consta de 4 aplicações antes e após ressecção  da cicatriz hipertrófica, fazemos uma nova série de Betaterapia 24  horas após a cirurgia.
Após 30 dias da cirurgia o paciente usa sob a cicatriz uma fita adesiva de silicone por 30 à 60 dias todas as noites.
São métodos que possibilitam uma melhora da cicatriz hipertrófica ou queloideana, e dependendo de cada caso podemos obter uma cicatriz de boa qualidade mas não poderemos garantir que os procedimentos sejam eficazes em todos os casos.
05) P: COMO EVOLUEM AS CICATRIZES?
R:
 Para melhor esclarecer sobre a evolução cicatricial, vamos relatar os diversos períodos pelos quais as cicatrizes passarão:
A – PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30o dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo.
B – PERÍODO MEDIATO: Vai do 30o dia até o 12o mês. Neste período haverá um espessamento natural da cicatriz, bem como uma mudança na tonalidade de sua cor passando do “vermelho” para o “marrom” que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes.
Como não podemos apressar o processo natural de cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois, o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.
C – PERÍODO TARDIO: Vai do 12o ao 18o mês. Neste período a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das mamas deverá ser feita após este período.
06) P: OUVI FALAR QUE ALGUNS PACIENTES FICAM COM CICATRIZES MUITO VISÍVEIS. POR QUE ISSO ACONTECE?
R:
 Certos pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao quelóide. Esta tendência, entretanto, poderá ser prevista, até certo ponto, durante a consulta inicial, quando lhe fazemos uma série de perguntas sobre sua vida clínica pregressa, bem como características familiares, que muito ajudam quanto ao prognóstico das cicatrizes. Pessoas de pele clara têm menor probabilidade de sofrer desta complicação cicatricial hipertrófica. Embora as incisões sejam feitas em locais especiais ( sulco, pregas) com a finalidade de escondê-las, a qualidade da cicatriz como resultado final, dependerá de fatores individuais e não da técnica e da perícia do cirurgião.
07) P: NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO A CICATRIZ É HIPERTRÓFICA? NO INÍCIO A CICATRIZ É GROSSA E INESTÉTICA?
R:
 Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir no entanto, o “período imediato” da cicatrização normal ( do 30o dia até o 12o mês ) como sendo uma complicação cicatricial (cicatriz hipertrófica ) com a evolução ela tende a ficar fina e imperceptível. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução deverá ser esclarecida conosco e nunca com terceiros que, como você, “também estão apreensivos quanto ao resultado final “. Geralmente, após 12 meses da cirurgia, quando a cicatriz já está instalada, e não reduz o seu volume, são feitas 4 aplicações de betaterapia (uma espécie de radioterapia superficial), e posteriormente a ressecção da cicatriz (retirada cirúrgica) e imediatamente  novas aplicações de betaterapia. A compressão da cicatriz com fita adesiva de silicone também ajuda a reduzir a cicatriz.